A realização do amor pessoal na caverna da mente
09/04/2018

Há pessoas que têm uma ENORME necessidade de ser amadas.

São as que mais sofrem. Sua ansiedade é facilmente percebida e atrai pessoas que se aproveitam dessa fragilidade, que as leva a fazerem concessões até ficarem com uma miserinha de atenção e carinho. Então tudo explode e essas pessoas ficam ainda mais carentes.

E hão de repetir o ciclo muitas outras vezes.

E se aborrecerão de quem quiser lhes ABRIR OS OLHOS.

Até que os sofrimentos e frustrações, lentamente, façam esse trabalho. Se conseguirem. Perceberão então, aquelas pessoas, que este mundo não é o lugar do amor que precisam.

O ser humano pensa que ama. Dá uma esmola e se sente ótimo. Mas estará realmente seu mundo interior inundado pela compaixão universal? Será que o que ele chama de amor não é um sentimento tribal (eu e os meus), na base do qual há o desejo de recompensa?

Quando falo em compaixão universal estou indo muito além da esmola (embora não exclua o bem que se pode fazer ao próximo, evidentemente).

Ao sairmos, titubeantes, da escura caverna da mente, e termos os primeiros vislumbres dos raios solares, compreendemos que a caverna não tem jeito.

Não adianta pintar as paredes e decorar o ambiente.

Não adianta falar de felicidade, amor e liberdade lá dentro; ali, tudo é enganoso, ilusório, escravizante.

A compaixão, então, é o desejo de levar a mensagem da luz ao mundo das trevas, pelo que haveremos de ser incompreendidos e considerados exóticos, nos melhores dos casos; ou ridicularizados, atacados, etc., em outros.

E, ainda assim, continuamos a falar da necessidade de ir além do mundo da caverna.

Como uma flor que espalha seu perfume ao derredor, até que suas pétalas caiam e sejam pisadas pelos transeuntes distraídos, imersos nas sombras do interior da caverna.

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