desenredo, subst.
masculino -
ação ou efeito de
desenredar (-se);
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desenredamento;
desprender-se da rede;
separar-se do que
está enredado.

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DOWNLOAD - AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA

AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA (2007)

de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA
 
ENTREVISTA DE HERÓDOTO BARBEIRO
COM O AUTOR, NA RÁDIO CBN
(Em 2007, quando da publicação do livro)


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AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA
POEMAS e REFLEXÕES ESOTÉRICAS
de José Carlos Corrêa Cavalcanti
(2024)
I - O OBSERVADOR É O OBSERVADO?
de José Carlos Corrêa Cavalcanti- 10/12/25


Até hoje, a famosa frase de J. Krishnamurti "O observador é o observado" causa dúvidas e questionamentos. Ela é contra-intuitiva. Como poderia o OBSERVADOR ser O OBSERVADO?

Na esteira dessa poderosa afirmação, K. fez declarações parecidas: "O PERCEBEDOR É O PERCEBIDO", "O ANALISADOR É O ANALISADO", etc. Todas elas vêm da mesma raiz. Essa raiz é a compreensão profunda de que o centro de nossas percepções É VAZIO. Essa ideia é antiga: no Budismo, diz-se que o aposento onde ocorrrem nossas percepções é vazio, não tem ninguém lá dentro. E, contudo, existe percepção — mesmo não existindo AUTOR individual delas.

Como essa afirmação pode ser entendida? Imagine que você entra num quarto escuro munido de uma lanterna. De início você não vê nada; mas, ao ligar a lanterna, tornam-se visíveis os objetos que lá estão. Uma cadeira, por exemplo, é iluminada. Você a vê nitidamente, envolvida pela luz. A cadeira e a luz estão unidas. Elas são DOIS? Ou são UM? Obviamente não são a mesma coisa. Mas, se fossem dois, de algum modo deveria ser possível separar uma coisa da outra. Isso, porém, não é possível. Portanto, não são DOIS e também não são UM.

Quando a luz solar viaja pelo espaço sideral, ela NÃO É VISÍVEL. Só fica visível ao incidir sobre um objeto que possa refletí-la. Em outras palavras, só podemos ter consciência da luz graças aos objetos no qual ela incide. E os objetos somente podem ser percebidos se a luz incidir sobre eles. Luz e objetos precisam um do outro para se manifestar.

ASSIM TAMBÉM EM TODA PERCEPÇÃO: percebedor e coisa percebida são dois aspectos da mesma realidade. Isso ocorre também com ONDA e PARTÍCULA, que são os dois aspectos nos quais a realidade se mostra, e você não pode separá-los. Agora responda:

Como pode haver PERCEBEDOR independente do PERCEBIDO? Como pode haver OBSERVADOR independente do OBSERVADO?
Simplesmente não é possível. Você não pode separar a luz dos objetos que ela ilumina, nem isolar o aspecto ONDA da matéria independentemente do aspecto PARTÍCULA.

J. Krishnamurti sintetizou esse fato na afirmação "O PERCEBEDOR É A COISA PERCEBIDA".

Uma percepção sensorial, por exemplo, NÃO TEM AUTOR separado dela. Vemos isso facilmente ao observar as reações imediatas de um cão quando percebe o cheiro de seu dono ou quando sente um cheiro estranho, que lhe traz sensação desagradável: ele age instantaneamente, sem conceituação, sem pensar a respeito. Não há qualquer diferença entre o percebedor e a representação mental da coisa percebida; ambos são o MESMO INSTANTE DE CONSCIÊNCIA.

Assim, as percepções sensoriais não possuem um "eu" separado delas. O mesmo ocorre com uma dor física: a consciência da dor é ela própria — mas atenção, aparecendo em conjunto com a consciência que temos de ser o percebedor. Observar a dor significa, em primeira instância, apenas SENTIR A DOR, o que equivale a dizer que o observador é o observado. Porém, ao focar a atenção no nome e origem dessa dor, bem como em suas possíveis consequências, ficamos preocupados a respeito dela e introduzimos o "eu pessoal", o qual resulta dos pensamentos sobre a dor e seus possíveis desdobramentos.

Isso FRAGMENTA as percepções, que num momento se referem à dor em si, e no momento subsequente se referem aos pensamentos. Em cada caso, porém, há unidade da consciência (o percebedor) com seu respectivo objeto (o percebido).

Pior ainda quando a dor vem do mundo emocional (tristeza, medo, raiva, ansiedade, ciúme, inveja, culpa, etc.), porque nesse caso ela vem acompanhada de resistência e atividade mental na forma de pensamentos, julgamentos, narrativas, etc. Isso causa uma aparente cisão na unidade Percebedor/Percebido: onde havia apenas consciência da dor, agora há também "AQUELE" que quer agir sobre ela.

Agora, você não pode simplesmente sentir a dor, sem pensar a respeito: você a observa pela ótica de um "eu" que que ser livrar dela. Vai mover mundos e fundos para isso. Vai descobrir que a culpa é dos outros. Depois vai pensar melhor e entender que tem parte da culpa. E aí vai se culpar. Ao se culpar, vai ficar mais infeliz. Mas então se lembrará que foram os outros que começaram! E assim por diante.

MAS, CUIDADO!
O observador está sempre mudando para o ponto onde a atenção está focada.
Note que seu foco atual NÃO É A DOR EMOCIONAL: Seu foco atual é RESISTIR A ELA, transformá-la em algo melhor.
O observador atual é, na verdade, o AGENTE que deseja livrar-se da dor emocional, e a AÇÃO é essa resistência, operacionalizada pelos pensamentos.
Note que O AGENTE é igual à AÇÃO. São as duas faces da mesma moeda.
O par AGENTE/AÇÃO equivale ao par observador/observado.
E você não pode separar um do outro.

O eu pessoal é esse AGENTE. Ele só surge quando existem perturbações, e surge como uma CONSTRUÇÃO MENTAL cuja realidade é uma combinação do desejo de ser feliz no mundo com a resistência a toda contrariedade, aflição, tormentos de emoções dolorosas — resistência essa que é operacionalizada pela atividade febril dos pensamentos para mudar as coisas.

Isso é fácil de ver: imagine uma situação em que não haja nenhuma perturbação de dor nem de prazer. Agora procure pelo eu: onde está ele? Você não o encontra. O "eu" simplesmente desapareceu. Isso é uma grande felicidade.

Após milhões de anos de evolução, o cérebro humano criou, via pensamento, a ideia de haver um agente pessoal para gerenciar a existência do ser humano — sempre à procura de segurança e prazer, ao mesmo tempo em que quer se livrar de perigos e dores.

Mas ele é APENAS UMA CRIAÇÃO MENTAL voltada ao prazer e ao fim da dor, que os milhares de anos de uso conferiram uma enorme ENORME E QUASE INVENCÍVEL INÉRCIA.
II - EU NÃO SOU COMO JESUS
de José Carlos Corrêa Cavalcanti- 09/11/25


Eu não sou como Jesus
Pois eu não faço milagres
Não sei andar sobre as águas
Nem acalmar tempestades.

Eu não sou como Jesus
Sei que é grande o contraste
Muitas vezes eu pergunto:
Pai, por que me abandonaste?

Eu não sou como Jesus
Isso é coisa muito rara
Entrego a Deus cada dia
O que Dele me separa.

Eu não sou como Jesus
Mas eu oro em secreto
Na noite escura da alma
Eu caminho num deserto.

Eu não sou como Jesus
Pois não faço profecias.
Se uma vez morreu na cruz
Eu morro todos os dias.

Eu não sou como Jesus
Sigo uma estrada vazia
No caminho de Emaús
Eu ando sem alegria.

Mas EU SOU como Jesus
Na origem de onde eu vim
No silêncio do EU SOU
Quando vazio de mim.

III - A CASA SEM AMO (14/out/25)

... A Neurociência descobriu que, quando que a amígdala detecta situações potencialmente ameaçadoras (amígdala é a parte do cérebro que detecta, INDEPENDENTE de informações verbais, situações consideradas de risco, como a visão de um inseto perigoso ou uma pessoa inamistosa), nossos pensamentos subsequentes serão precedidos de um processamento inconsciente de fundo emocional, o qual influenciará fortemente nossos julgamentos e decisões.

Isso significa que, inúmeras vezes, temos pensamentos originados de alguma emoção atuante desde os bastidores (fora de nossa consciência) e direcionando nosso comportamento. Essa é a base sob a qual funcionam os personagens que representamos na vida, cada um dos quais, embora temporário, se passa por nosso legítimo eu, até ceder seu lugar a outros no carrossel da existência.

Leia mais:

A CASA SEM AMO
IV - REALIZAR O ESPÍRITO ABRINDO-SE À VERDADE

...

Nosso eu pessoal pode ser comparado a um vaso com água e impurezas diversas como poeira, fragmentos de pedras e folhas mortas, as quais ficam boiando ou subindo e descendo dentro da água. Esses conteúdos simbolizam nossas tendências psicofísicas (nossa propensões inatas ou aprendidas a certas respostas emocionais face aos estímulos recebidos), nossos interesses, aprendizagens e condicionamentos ao longo da existência.

Este é um modelo da mente humana. O Espírito ou Consciência, nesta analogia, é representado pela água. A água está suja? Impossível. Seu H20 é sempre o mesmo, incontaminado. O ego, porém, é a MISTURA, permeada de impurezas, que seriam os conteúdos dolorosos ou rejeitados da memória.

Acontece que a Consciência quando se move para conhecer (perceber) algo, toma a forma de atenção pousando na coisa percebida. Do mesmo modo que a luz, ao iluminar um objeto, toma a forma desse objeto e, se fosse dotada de percepção, não se perceberia como luz pois não tem atributos: nem forma, nem cor, nem memória — então se teria que perceber a SI MESMA, equivocadamente, como sendo o objeto, que possui uma série de propriedades e qualidades.

Leia mais:

REALIZAR O ESPÍRITO ABRINDO-SE À VERDADE
V - SER E FAZER

1
A dimensão do Divino
Não se encontra no fazer
Esse é o campo do destino,
Do carma, do vir a ser
Mas não é esse o ensino
Que nos fará renascer.

2
Lembrem de Marta e Maria
A primeira, ocupada,
Com as coisas de cada dia
Intensamente focada,
Mas estava equivocada
E a boa escolha perdia.

...


Leia mais:

SER E FAZER
VI - MEU OLHAR PARA O MUNDO

1
Olho o mundo por meio
Das portas sensoriais,
Dos pensamentos dispersos
E as sensações corporais.
Não admira que eu perca
A mim mesmo em coisas tais.

2
Pois as coisas manifestas
Atraem muita atenção
Ficando despercebido
O autor da percepção —
O infinito no finito,
Além da compreensão.

...


Leia mais:

MEU OLHAR PARA O MUNDO
Ouça músicas...
  de José Carlos Corrêa Cavalcanti

  (NOVA) O Verdadeiro AGENTE (20/12/24)

  (NOVA) O sono do estalajadeiro (26/03/24)
1º CD - Valsas, chorinhos e canções 2º CD - Em cada canção que eu faço
3º CD - Passeio Musical 4º CD - Contemplação
(Som testado nos navegadores Google Chrome e Mozilla)
CONHECIMENTO REAL DA FINITUDE
José Carlos Corrêa Cavalcanti
     (13/dezembro/24)


Como seria viver na dimensão da finitude, como se as coisas fossem acabar, terminar, morrer?
Como se pessoas, animais, móveis, carros, objetos quaisquer fossem impermanentes,
deterioráveis, finitos e com data de validade ignorada?

Detalhe: É EXATAMENTE ASSIM QUE AS COISAS SÃO.
(mas vivemos como se não fossem)

Leia mais:

CONHECIMENTO REAL DA FINITUDE

O CICLO CÓSMICO DA AUTODESCOBERTA
José Carlos Corrêa Cavalcanti
     (08/dezembro/24)


Perambulando pelo passado e pelo futuro, nossos pensamentos estão sempre julgando as coisas, lugares, situações e pessoas. Assim fazendo, geram no corpo sensações de agrado ou desagrado, de simpatia ou antipatia, de prazer e dor. E, ao mesmo tempo em que montam os cenários que representam as coisas desejadas ou temidas, transformam-se em decisões e ordens.

Mas como pode uma sopa química produzida pelo cérebro se transformar em nossa lei e autoridade suprema, a ponto de nos fazer rir, chorar, matar ou morrer?

Leia mais:

O CICLO CÓSMICO DA AUTODESCOBERTA

O HOMEM QUE RECUSOU O CÉU      (02/junho/24)

Era uma vez um peregrino que andava pelos vales e montanhas da existência em busca de Deus... Mas, até cerca dos cinquenta anos, confundira Deus com o Prazer, a Riqueza e o Sucesso. E foi só após fracassar nos três ídolos, que muito amava, que ele percebeu que alguma coisa estava errada.

— "Meu projeto pessoal não está dando certo", pensou — Não haverá outra maneira de viver? Afinal, em toda a natureza e no universo conhecido não existe nenhuma noção de projeto pessoal, de uma pessoa estabelecendo para si objetivos individuais de auto-realização e lutando para atingi-los; tudo existe e funciona por causa de tudo".

Assim pensando, relaxou os nós que o prendiam ferreamente às aspirações materiais da existência e começou a procurar um caminho de natureza espiritual por meio de cursos, leituras e grupos de estudo esotéricos, filosofias diversas, igrejas tradicionais e seitas provenientes de outras culturas e visões religiosas.


Leia mais...   O HOMEM QUE RECUSOU O CÉU
A SAGA DE 30 ANOS DE BUSCA ESPIRITUAL
     (10/abril/23)


Leia...   1) TATEANDO APÓS A DESPEDIDA DE UM EMPREGO
ASPECTOS DA BUSCA RELIGIOSA      (23/abril/23)

Pense nisso: você não pode comungar com a Mente Divina sem antes conhecer aquilo que o separa dela.

Lembre-se do aspecto simbólico do lobisomem, do vampiro, do retrato de Dorian Gray: após descobertos e liquidados com a bala de prata, a estaca de madeira no coração ou com a punhalada no quadro horrendo, suas imagens medonhas se transmutam extraordinariamente, com a aparência monstruosa dando lugar a um semblante belo, descontraído e inocente.

Que significa isso?


Leia mais...   ASPECTOS DA BUSCA RELIGIOSA
TRECHOS DO LIVRO "ANTES DO EU SOU" (de Mooji)
            (14/julho/18)
1) O "eu" tem algumas associações do passado, projeções para o futuro, um papel ou comportamento, e por causa da crença nesse papel a consciência é mantida prisioneira em uma certa identidade. Quem é o "eu", e precisamente onde está o "eu" exatamente agora?

2) O papel da mente é confundir vocé, o que ela faz muito bem. A única coisa é que ela precisa de sua colaboração, o que você faz muito bem.

3) Se for deixada sem questionamento, a hipnose da identidade (adquirida) permanecerá sem ser descoberta.

4) A mente é expressão da Consciência, que se manifesta como o sábio, o tolo, o buscador.

5) Se o desejo de saber quem você realmente é surge em você, aceite-o como já sendo a atividade da Graça.

6) O "buscar" é um impulso que surge do Ser para redescobrir a Si mesmo.

7) Aquilo que você está buscando já é o próprio lugar de onde surge a busca.

8) Toda busca é afinal, para uma coisa só: encontrar o buscador.

9) Você é a Consciência Crística. Mas você não está totalmente consciente disso, porque adotou e identificou o corpo e a mente não apenas como sua expressão, mas também como seu verdadeiro ser.

10) Seja o espaço e deixe que a mente vagueie por onde quiser. Mas, quando há consciência desse espaço imóvel, não há nenhuma mente vagueando.

11) O ponto está em compreender a eterna e derradeira mensagem que você é apenas a testemunha sem forma, a realidade imutável por detrás da mente movente. Você surge como entidade separada com poder de vontade própria devido a Maya, a ilusão cósmica. Maya é o poder que permite ao Ser experenciar e desfrutar o sabor de si mesmo como existência... a Consciência não pode realmente conhecer a si mesma quando carece de compreensão sutil e experiência direta.

12) A alegria que surge com o conhecimento do Ser é impessoal, sempre nova, desassociada e atemporal.

BEM AVENTURANÇA      (24/fev/18)

POEMA DE RUMI

Existe uma comunidade do espírito.
Junte-se e sinta o prazer
de andar na ruidosa rua,
e sendo o barulho.
 
Feche os dois olhos
para ver com o outro olho.
 
Abra as mãos,
se você quer ser segurado.
 
Sente-se neste círculo.
Pare de agir como um lobo e sinta
O amor do pastor encher você.
Seja vazio de preocupação.
Pense em quem criou o pensamento!

Por quê você fica na prisão,
quando a porta está tão aberta?
 
Mova-se para fora do emaranhado do pensamento e do medo.
Viva em silêncio.
 
Flua para baixo e para baixo,
sempre alargando os anéis do ser.

Flua para baixo e para baixo,
sempre alargando os anéis do ser.

Flow down and down in
always widening rings of being.


Frases que fazem pensar...    (2/dez/17)




"O que for a profundeza do teu ser,
assim será teu desejo.
O que for o teu desejo, assim será tua vontade.
O que for tua vontade, assim serão teus atos.
O que forem teus atos, assim será teu destino."

Brihadaranyaka Upanishad
 



"Quando o deleite de ser busca realizar a si próprio
Como deleite do vir-a-ser,
Entra no movimento de forças
E toma diferentes formas de movimento,
Do qual prazer e dor
São correntes positivas e negativas."

Sri Aurobindo
 



NÃO IMPORTA QUE DEFEITOS
VOCÊ POSSA TER EM SUA NATUREZA.

A única coisa que importa
É você se manter aberto à Força.
Ninguém pode se transformar por seus próprios esforços
Sem qualquer ajuda;
É somente a Força Divina que pode transformá-lo.
Se você se mantém aberto,
Todo o resto será feito por você.

Quase ninguém é forte o suficiente para superar,
Por sua aspiração e vontade,
As forças da natureza mais baixa;
Mesmo aqueles que o fazem, conseguem somente
Uma certa espécie de controle
Mas não um domínio completo.

Vontade e aspiração são necessárias
Para trazer para baixo a ajuda da Força Divina
E para manter o ser do lado dela
Quando lida com os poderes mais baixos.
Só a força Divina cumprindo a vontade espiritual
E a aspiração psíquica
Do coração pode realizar a conquista.


Abandonar o esforço pessoal não é o que lhe é pedido,
Mas chamar cada vez mais
Pelo Poder Divino e através dele
Governar e guiar o esforço pessoal.
Praticar o Yoga implica na vontade de superar
Todos os apegos e voltar-se para o Divino somente.

A coisa principal no Yoga é
Confiar na Graça Divina a cada passo,
Dirigir o pensamento continuamente para o Divino
E oferecer-se até que o ser se abra
E a Força da Mãe possa ser sentida
trabalhando no Adhar (receptáculo da consciência).


PALAVRAS DE SRI AUROBINDO
 


 
LÉGUA TIRANA
de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

com Dominguinhos e Alceu Valença
     (13/junho/21)

Oh, que estrada mais comprida
Oh, que légua tão tirana
Ai, se eu tivesse asa
Inda hoje eu via Ana

Quando o sol tostou as foia
E bebeu o riachão
Fui inté o Juazeiro
Pra fazer minha oração

Tô voltando estrupiado
Mas alegre o coração
Padim Ciço ouviu minha prece
Fez chover no meu sertão

... Oh, que estrada mais comprida
... Oh, que légua tão tirana
... Ai, se eu tivesse asa
... Inda hoje eu via Ana

Varei mais de vinte serras
De alpercata e pé no chão
Mesmo assim, como inda farta
Pra chegar no meu rincão

Trago um terço pra Das Dores
Pra Reimundo um violão
E pra ela, e pra ela
Trago eu e o coração

Leia mais... A peregrinação inconsciente
Alguém faltou ao encontro      (19/Agosto/19)
Poema de José Carlos Corrêa Cavalcanti - abril de 1977.

Andando nos descaminhos
de inúteis madrugadas,
me perdi e estou sozinho,
Vi que não descobri nada.

Pelas vias e desvios
Procurei por um jardim
Mas desertos e estios
Foi o que ficou prá mim.

Estive, mas já não estou.
Parece que já fui embora.
Aquilo que procurei
Não veio na exata hora.

Que era? Nem eu o sabia.
Assim, não o podia achar.
Se achei, nem percebi.
Não quero mais procurar.

Pelas estradas da vida
quase tudo aconteceu
Alguém faltou ao encontro
Quando o encontro se deu
— E esse alguém era eu.


Tive a precisa coragem,
De outra coisa não me lembro.
Fiquei à beira da margem
À espera de um setembro:
De cor, flor e primavera
Surgida depois da espera
Sem amor e poesia.


O RAIO DE SOL DESENCAMINHADO

Imagine um raio de sol que, juntamente com incontáveis trilhões de outros, semelhantes a ele,
ilumina a face da Terra, chamando o mundo às suas atividades cotidianas.

Esse raio de luz percebeu que, aparentemente por "sua" ação,
desabrochavam lindas flores, pelas quais ele se apaixona perdidamente.

"São tão coloridas e belas, perfumadas e sedutoras!"

Ele não percebia que "ele" não existia como coisa separada de Algo infinitamente maior,
do qual ele era uma emanação; ao contrário!
Achava-se a própria energia que fazia as coisas acontecerem no planeta Terra!

Até que um dia, depois de testemunhar inúmeras vezes a morte de suas amadas,
seguida pelo florir de tantas outras, perguntou-se:

"Não irei eu também fenecer um dia? Afinal quem sou eu? qual é minha Origem?
Hei de encontrá-la."
E pôs-se a procurar por sua origem na Terra.

"Talvez esteja naquela pedra Sagrada no topo da mais alta montanha, conforme dizem os homens", pensou.
Para lá se dirigiu, mas não viu nada demais.
Outras pistas que veio a seguir revelaram-se, também, inúteis.

Dizem que esse Raio de Sol continua procurando até hoje.

Ele não via o Sagrado dentro dele mesmo e como Ele Mesmo!
Mas não o "ele mesmo" que, desconhecendo sua origem,
identificava-se com os elementos da manifestação, que tanto amara.

É por isso que o poema diz:

"Alguém faltou ao encontro
Quando o encontro se deu
E esse alguém era eu."
REPLAY

José Carlos C. Cavalcanti     (fev/1983)

Um instante: quero um replay da felicidade perdida.
Onde está ela? Quero-a de novo, em câmera lenta.
Quero de novo aquele momento bordado de amor,
Em verde, vermelho, branco e dourado intenso.

Lá fora a noite é profunda.
Ninguém nas ruas.
Ladram os cães: isso não me importa.
Essa música suave fala de tantas coisas...

É madrugada e eu não sei dormir;
Já é tão tarde e eu não sei chorar.
Sei que dentro de mim
Há qualquer coisa muito machucada.
Estou no meu país longínquo:
Ele é todo meu, mas é tão deserto!

Não sei o que fazer da vida.
Rejeição, solidão, rimas em ão,
Angústia que me rói por dentro, até onde, até quando,
Tutu Marambá, não sei...
O que quer de mim, não sei...

Por isso,
       Quero um replay em câmera lenta,
       De qualquer momento mais feliz.

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SÍNTESE DAS PRINCIPAIS ABORDAGENS DA AROMATERAPIA (2019)

de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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SÍNTESE DAS PRINCIPAIS ABORDAGENS DA AROMATERAPIA
 


CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO (2011)

de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 1/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 2/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 3/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 4/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 5/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 6/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 7/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 8/8


NÚMEROS COMPLEXOS - 1980
(EXPOSIÇÃO HISTÓRICA)


de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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NÚMEROS COMPLEXOS - PARTE 1/5

NÚMEROS COMPLEXOS - PARTE 2/5

NÚMEROS COMPLEXOS - PARTE 3/5

NÚMEROS COMPLEXOS - PARTE 4/5

NÚMEROS COMPLEXOS - PARTE 5/5
 

 

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